Cerca de 200 motoboys de Lagoa Santa saíram da porta da Câmara Municipal, hoje pela manhã, fazendo bastante barulho para alertar as autoridades e a população sobre o projeto de Lei 3.441/2017 que a Prefeitura de Lagoa Santa tenta estabelecer na cidade.
Segundo Gil César dos Santos, um dos coordenadores da manifestação, alguns itens do projeto são inviáveis e impraticáveis dentro do prazo estabelecido. “A quantidade máxima de motos na cidade, os cursos exigidos e a compra das motos novas são impossíveis de fazer antes de sermos aprovados na licitação.”, explica.
Santos disse que a prefeitura quer que os mototaxistas façam várias adequações, sem a garantia da aprovação na licitação. Hoje eles são muito bem aceitos pela população e suprem um vazio deixado pelo transporte público. Infelizmente, ainda não são regularizados e pagam um valor para fazerem parte das equipes das centrais. O valor varia entre R$5 e R$10, por dia, para cada motoboy.
O trajeto do “buzinaço” foi da porta da Câmara Municipal de Lagoa Santa, seguindo sentido os bairros Santos Dumont e Várzea, fizeram uma parada estratégica na porta do Centro Administrativo da Prefeitura Municipal e desceram sentido Praça Doutor Lund. Foram acompanhados por um carro de som e uma ambulância. O trânsito ficou bastante tumultuado e os motoboys conseguiram chamar a atenção da população.
A Prefeitura de Lagoa Santa, até o fechamento da edição, não respondeu os questionamento realizados pelo Jornal Minas de Fato. Desde 2009 (Lei nº. 2.766/2009) que a profissão de mototaxista é regulamentada no Brasil e este tipo de transporte individual vem ganhando força, principalmente em Lagoa Santa. Estima-se que exista mais de 400 motoboys na cidade. Os valores das corridas variam de acordo com a distância percorrida. Não existe uma tabela fixa de preços e eles concorrem com ônibus da viação Lagoa Viva e “perueiros” da cidade.