Projeto Trajeto Moda certifica a primeira turma em cursos de qualificação

Iniciativa da Sedese busca promover a independência financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade social

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Foto - SEDESE

Em clima de superação, as mulheres que participaram do piloto do Projeto Trajeto Moda receberam o certificado de conclusão de curso de qualificação em solenidade realizada na Biblioteca Pública Estadual, nessa sexta-feira (12/11), em Belo Horizonte.

O Trajeto Moda é uma iniciativa que integra o Programa Percursos Gerais: Trajetória para Autonomia, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte) e da Coordenadoria das Mulheres (Subdh). O objetivo é promover a independência financeira das mulheres em situação de vulnerabilidade social, de forma que possam romper o ciclo de abuso físico, psicológico e financeiro.

Durante o evento, a secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, Elizabeth Jucá, ressaltou a forma inovadora como o projeto foi conduzido, “fora da caixa”, nas palavras da dela, uma vez que foi viabilizado por meio de parcerias, praticamente sem verbas públicas. “Foi algo inovador para nós também. Vocês nos mostraram que nós também podemos fazer diferente e mudar a vida das pessoas”, disse.

O projeto piloto envolveu a participação de 17 mulheres, sendo dez residentes da capital, da Associação Comunitária de Mulheres da Vila Nossa Senhora Aparecida de São Lucas, e sete líderes nos municípios de Almenara, Divinópolis, Muriaé, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Montes Claros e Salinas, que foram abrigadas na moradia universitária UFMG, durante a realização do curso. 

De agosto a novembro, as integrantes do projeto receberam capacitação em corte e costura, oferecida em parceria com o Senac, além de formação em liderança, associativismo,  vendas, conhecimentos sobre o mercado da moda, identificação de ciclos de violência de gênero e empoderamento feminino.

A secretária Elizabeth Jucá ressaltou que o projeto vai além de um fator de empoderamento das mulheres, com potencial de ser um multiplicador de oportunidades nos munícipios, e que o desafio está só começando. “Precisamos chegar em mais mulheres, e eu conto com vocês neste processo para termos uma Minas mais inclusiva, com menos violência para as mulheres e com mais geração de renda”, enfatizou.

“Nova trilha”

Representando as colegas no projeto, a participante de Montes Claros, Lidinalva Fernandes de Araújo, fez uma reflexão sobre a condição da violência feminina. “A maior violência quem comete somos nós mesmas, quando não defendemos nossos direitos. Muitas mulheres são vítimas de violência porque não descobriram o valor que têm. O Trajeto Moda me ensinou o trajeto vida. Saio com uma nova trilha para seguir”, concluiu.

Os modelos de roupas criados pelas participantes foram expostos no saguão da Biblioteca Pública Estadual. A segunda etapa do Trajeto Moda prevê a estruturação de células produtivas autossustentáveis voltadas para a confecção de peças de moda nos municípios-sede.

O evento contou também com a participação da  coordenadora do Projeto de Extensão “Remodelando Perspectivas”, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Daise Menezes Guimarães, da analista do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Camila Mattarelli de Abreu e Silva, da defensora pública e coordenadora Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Samantha Vilarinho Mello Alves, além da gerente de Relacionamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac Minas, Cintia Gomes da Costa e Silva, da estilista Thalita Rodrigues,  da presidente da Associação Comunitária da Mulher da Vila Nossa Senhora Aparecida de São Lucas, Antônia Maria Braga de Assunção, bem como de parceiros institucionais, empresariais e profissionais do segmento.

Texto – Agência Minas

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