Gentileza gera gentileza, só que neste caso gerou prêmio! Carmem Cenir teve um parente atendido nas dependências da Biblioteca Pública de Lagoa Santa, mais especificamente na Sala Braile – onde o projeto “O essencial é invisível aos olhos”é realizado – e se sentiu grata pelo tratamento. Ela soube do 24° Prêmio do Instituto de Arquitetos do Brasil (que identifica trabalhos sociais de destaque realizados em todo o estado) e indicou Paula Renata Mariano, na categoria Cidadania, para representar o projeto.
Paula disse que se surpreende diariamente com a quantidade de manifestações positivas que recebe pelo trabalho que ela e Tatiana Brandão realizam na biblioteca de Lagoa Santa. “Esta causa não tem preço! Recebi telefonemas me parabenizando, entre eles da Superintendência de Cultura do Estado de Minas Gerais. Fiquei lisonjeada.”, diz Mariano.
Paula contou que já sofreu muitas humilhações de “governos” para que este projeto fosse mantido e o prêmio surge como uma resposta de que ela e a Tatiana estão no caminho certo. “Eu senti esse reconhecimento e algo me emocionou muito no dia. Foi quando os organizadores descreveram o prêmio como o que emana mais amor entre todos os distribuídos pelo estado, isso tudo por causa do carinho que os agraciados tem com o trabalho que fazem diariamente.”, fala emocionada.
De acordo com o Instituto de Arquitetos do Brasil o objetivo do prêmio é estimular iniciativas diversas, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida urbana. “A ideia consiste em premiar e valorizar os pequenos atos, as pequenas atitudes dos cidadãos que colaboram para deixar a vida nas cidades cada dia melhor. Gentileza Urbana são atitudes, gestos, intervenções que propiciem um novo olhar sobre a cidade, promovendo a preservação do seu patrimônio cultural e natural e ampliando o conceito de cidadania”, explica a presidente Rosilene Guedes Souza. Foram 21 premiados em seis categorias “arquitetura e urbanidade”, “cidadania”, “sustentabilidade ambiental”, “generosidade”, “direito a paisagem urbana” e “respeito a memória e ao patrimônio”.