Lagoa Santa inaugura escola cívico-militar na rede municipal

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Foto: Reprodução Redes Sociais vereadora Sabrina

As escolas cívico-militares tem prós e contras como todo projeto. Um ponto positivo seria a gestão compartilhada, militares e diretores pedagógicos, e para alguns, um negativo é a exclusão das minorias.

A Prefeitura de Lagoa Santa inaugurou nesta sexta-feira (21) a implementação do ensino cívico-militar na Escola Municipal Lívio Mucio Conrado Silva, também conhecida como Escola Sr Tito. O prédio da escola fica localizado na  Rua Ana Gonçalves, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte.

Foto: Reprodução Prefeitura de Lagoa Santa

Transformar escolas em ensino cívico-militar foi uma das apostas do presidente Jair Messias Bolsonaro na campanha para presidente de 2018. A intenção, na época, era implementar o modelo cívico-militar em 216 escolas de todo o país até 2023. De acordo com o MEC, o programa tem três pilares de atuação:

  • Didático-pedagógica (com atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino-aprendizagem preservando as atribuições exclusivas dos docentes);
  • Educacional (fortalecer os valores humanos, éticos e morais, bem como incentivar a formação integral como cidadão e promover a sensação de pertencimento no ambiente escolar);
  • Administrativa (aprimorar a infraestrutura e a organização da escola e, consequentemente, a utilização de recursos disponíveis na unidade escolar).

Pontos positivos e negativos: No entanto, no dia a dia, há quem diga que este modelo de ensino promove cidadãos menos críticos com a realidade, já que alguns assuntos como homofobia, feminismo, racismo e questões políticas não são discutidos em sala de aula. Outra situação questionável, é o investimento em estrutura muito maior do que o que é realizado nas escolas públicas.

Para muitos pais, que anseiam pela qualidade de ensino e segurança dos filhos, a escola cívico-militar seria a solução para muitos problemas da escola pública. Além disso, um dos principais argumentos para a militarização das escolas civis é o resultado obtido pelos alunos em grandes vestibulares, concursos e até no ENEM.

Foto: Reprodução Redes Sociais vereadora Sabrina

Escola cívico-militar no estado

A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) rejeitou, em fevereiro deste ano, o Projeto de Lei (PL) 94/19, de autoria do deputado estadual Coronel Sandro (PSL), alegando que as escolas “cívico-militares” não estão previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que regula a educação no Brasil.

Beatriz Cerqueira, presidenta e relatora da comissão, apresentou um parecer que afirmava que o modelo de escola viola o direito das crianças e adolescentes. O deputado estadual Coronel Sandro foi reeleito nas Eleições 2022 e fica mais quatro anos no cargo.

Fonte: Brasil de Fato, Agência Brasil, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Uol

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