UFMG participa de estudo que vai identificar percepção da população sobre insetos comestíveis

Consumo é comum em sociedades orientais, mas encontra resistência no Ocidente

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Foto - Hoerwin / Pixabay

Com o objetivo de investigar hábitos alimentares e conhecimentos sobre insetos comestíveis como alimentos sustentáveis, está sendo realizada a pesquisa EISuFood em 18 países, incluindo o Brasil. A professora Vanessa Alves Ferreira, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem, participa do estudo, em parceria com o Instituto Politécnico de Viseu, de Portugal. O formulário é destinado a maiores de 18 anos.

De acordo com a professora, os dados coletados serão reunidos para tratamento e produção de material para divulgação em periódicos científicos, congressos, entre outras publicações e eventos.

Hábito e aversão
“Em algumas culturas orientais, o consumo de insetos é um hábito, enquanto no Ocidente gera estranhamento e aversão”, lembra Vanessa Ferreira. A professora explica que os insetos têm sido identificados como alternativa mais sustentável, quando comparados a outras fontes de proteína animal. “Comer insetos pode contribuir para aliviar as pressões sobre o planeta e os ecossistemas”, argumenta a docente, acrescentando que as qualidades organolépticas e o valor nutricional do alimento são comprovados cientificamente e reconhecidos por especialistas em gastronomia. No entanto, em algumas culturas, os insetos ou produtos à base de insetos não são aceitos, devido a algum grau de fobia alimentar.

Para a professora Vanessa Alves, é relevante conhecer as atitudes de consumidores em diferentes países e identidades socioculturais. “A ideia é desenvolver um instrumento de coleta de dados adequado aos objetivos do projeto. O questionário será traduzido para as línguas dos países participantes e aplicado para a coleta de dados. Esperamos que o projeto nos possibilite entender melhor a percepção dos consumidores sobre o tema.”

*Texto – UFMG

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